sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Às vezes começo a pensar: eu queria ter um namorado. Que ele me pegasse depois das aulas em seu carrinho esporte colorido de dois lugares me levasse por aí, até os milharais, onde as hastes estivessem altas. Eu queria ter um cara louco por mim. Perdidamente, inteirinho meu. O tipo do cara que sentasse em seu carro, sem fazer mais nada, diante da casa da minha mãe no meio da noite, com os cabelos ainda molhados do chuveiro e vestindo uma camisa de algodão bonita e limpa. Daí, iríamos ao Oriente Cineplane nas noites de sexta-feira e nos sentaríamos lá, no escuro, nenhum dos dois realmente assistindo ao filme. Ou estacionaríamos diante da praia, deitaríamos na areia e contaríamos piadas. Enfiaríamos uma barraca de acampar na picape e iríamos por aí, para qualquer lugar. Tudo o que os outros veriam seria nossa poeira e fumaça.

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